segunda-feira, dezembro 19, 2005

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Barbie é mutilada e decapitada por crianças britânicas


EFE - As meninas com idades entre 7 e 11 anos odeiam a Barbie, segundo um estudo divulgado hoje no Reino Unido, que revela que muitas meninas admitem ter torturado, mutilado e até mesmo decapitado a boneca.

O estudo, feito por investigadores da Universidade de Bath (sudoeste da Inglaterra), assinala que as meninas rejeitam a Barbie porque a consideram um ícone feminino e um símbolo de sua primeira infância.

Os responsáveis do estudo, que perguntaram a cem crianças britânicas sobre suas atitudes em relação a uma variedade de produtos da marca, descobriram que a boneca americana provocava as reações mais intensas.

"Quando perguntamos a elas sobre a Barbie, a boneca provocava rejeição, ódio e violência", explicou o doutor Agnes Nairn, que dirigiu o estudo. "As meninas com que falamos consideravam que torturar a Barbie era uma atividade legítima, como outras possíveis formas de brincar com a boneca", acrescentou.

O pesquisador explicou que as mutilações sofridas pela boneca são "variadas e criativas", e vão "desde a decapitação até a queima". Uma menina confessou ter colocado a boneca no microondas.

O estudo também revela que as meninas dizem ter "uma caixa cheia de Barbies", por isso, de acordo com os investigadores, a boneca não é um objeto especial para elas, mas algo que está disponível e que, por isso, é rejeitado. "Isto pode explicar de forma alguma a violência", disse o diretor do estudo.

"Enquanto para um adulto o prazer que uma criança sente torturando suas bonecas é profundamente inquietante, do ponto de vista infantil é uma forma imaginativa de se desfazer de uma mercadoria que está sobrando, da mesma forma que alguém poderia amassar latas para reciclar", explicou.

Em contraste a esse sentimento hostil, o estudo revela que os meninos conservam sentimentos de nostalgia e afeto em relação ao Action Man.

O estudo, que também analisou a atitude das crianças em relação à publicidade e aos produtos da marca, revela que, embora estes admitam comprar regularmente produtos que vêem anunciados na televisão, muitas crianças não gostam de ser alvo direto dos anúncios.