quinta-feira, maio 22, 2008

Clássico revisitado

E ae povo!!!

Dessa vez vou escrever sobre um clássico. Nada com futebol, já que não compartilho desta paixão com outros amigos de nossa tribuna digital. O clássico a que me refiro é um filme, e mais uma vez, esclareço, não se trata dos filmes normalmente chamados de clássicos. Não... Nada de “E o Vento Levou” ou “Noviça Rebelde”, o clássico em questão é o filme “Curtindo a Vida Adoidado”.

Pode causar um certo espanto chamar tal filme de clássico, já que é um belo cine pipoca e foi reprisado exaustivamente na Sessão da Tarde da Rede Globo. Mas este é justamente o ponto, é um clássico dentro destes dois grupos.

Duvido muito que alguém não tenha assistido este filme, que conta a história de um dia na vida de Ferris Bueller, um estudante de colégio, muito bem quisto em sua escola e que, no dia representado no filme, arma um esquema para matar aula e, claro, curtir a vida adoidado.

Assistir outra vez o filme me trouxe algumas boas recordações de minha infância e adolescência, quando assistia ao filme na tv, principalmente da adolescência, que sempre assistia tv depois daquele cochilo de três horas que eu humildemente chamava de siesta.

Eu me lembro que sempre que eu via o filme me dava uma imensa vontade de ter um dia como aquele, juntar o melhor amigo e a namorada e sair por aí, fazendo o que desse na telha, sem preocupar muito com o que iria acontecer depois, e sentindo uma confidente sensação de que tudo vai dar certo.

Esta veia Carpe Diem que sustenta o filme, provavelmente desperta essa mesma sensação em todos os espectadores, mas o que me deixou mais preocupado foi que hoje, tendo mais responsabilidades que na época do colégio, eu vejo mais distante essa idéia de ter um dia de Ferris Bueller.

Tenho muito receio que algum dia eu vendo o filme, o interprete como sendo apenas uma grande besteira, um sonho distante de um dia de desocupado. Não que eu não tenha curtido a vida, pelo contrário, não tenho nada do que reclamar destes vinte e três anos de vida besta, mas é que um dia como o do filme, eu nunca tive. Já passei dias muito divertidos, mas nunca com aquela indescritível sensação de que eu não deveria estar ali naquele momento.

Outros aspectos do filme merecem ser abordados também, como a campanha “Save Ferris Bueller”, que se espalhou por toda a cidade, em solidariedade à presumida enfermidade do protagonista, demonstrando a simpatia generalizada dos habitantes de sua cidade, ou mesmo o impacto que um dia plenamente vivido causou na vida do melhor amigo e grande companheiro do Mr. Bueller.

Mas acho que seriam supérfluas maiores considerações sobre o filme. Dou-me por satisfeito com essas linhas sobre esse clássico 80’s. E digo que vale a pena ver de novo, embora ele costume passar na sessão da tarde (sacou o trocadilho, ahn?).

E nunca é demais dizer, Carpe Diem, e também, Carpe Noctem, aproveite enquanto você pode curtir a vida adoidado, se esperar demais, pode ser que você só tenha essa chance quando aposentar, e aí você vai querer mais é curtir a vida sossegado.

Volto a qualquer momento ou nunca mais!!!